Na manhã do dia 9 de outubro realizou-se o percurso pedestre “Vale do Rossim - Fragões das Penhas - Vale das Éguas - Vale do Rossim”, atividade realizada com a Associação Geopark Estrela, no âmbito da Autonomia e Flexibilidade Curricular do 3º CEB.

Num evidente espírito de boa disposição, de gosto pela natureza e de curiosidade pelo conhecimento prático fundamentado, juntaram-se docentes de Educação Visual, Português, Ciências Naturais, Físico-Química, História e Geografia.

Na presença de especialistas do Estrela Geopark Mundial da UNESCO foi possível o contacto com o património geológico e geomorfológico, integrando a biodiversidade e aprofundando o conhecimento científico.

Num circuito circular, dos 1400m aos mais de 1600m de altitude na vertente Noroeste da Serra da Estrela, começámos por centrar a atenção nos granitos de diferentes texturas e na vegetação endógena, com destaque para o pinheiro silvestre, as merendeiras em flor e as diferentes giestas.

Aproximando-nos dos fragões, com uma vista deslumbrante e uma diversidade de formações in situ, fomos lembrados que aquele relevo é fruto de processos erosivos, mas não da glaciação, pois ela não existiu no Vale do Rossim. Paralelemente a este facto, dali avistámos a maior moreia da Serra da Estrela, a do Vale do Conde, que marca o início do recuo do glaciar. Do topo do fragão alcançámos a Torre. Sob os nossos pés, as pias, fruto da erosão ao longo de milhares de anos.

As 37 casas da Penhas Douradas, construídas no primeiro quarto do século XX, devem-se à confirmação da elevada qualidade do ar e ao seu efeito terapêutico. Os líquenes que observámos nas cascas das árvores, por exemplo no Vale das Éguas, continuam a servir de indicador ambiental desta qualidade.